A Comunitas divulgou recentemente a edição 2022 do Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC). Desde 2008, a pesquisa investiga os investimentos sociais realizados voluntariamente pelo setor corporativo, com o objetivo de desenvolver parâmetros e benchmarkings sobre o investimento social corporativo (ISC), padronizando indicadores e oferecendo respaldo conceitual que apoie a inteligência de dados das organizações e o reporte da atuação social corporativa.
O volume de recursos aportados em ISC atingiu R$ 4,1 bilhões em 2021. Apesar da redução do valor ante 2020 (R$ 5,6 bilhões, ajustado pela inflação), o volume investido em 2021 foi o terceiro maior da série histórica e já considera a retirada de boa parte dos recursos extraordinários de enfrentamento à pandemia aplicados em 2020.
Saber como e onde as empresas aportam seus recursos dedicados à geração de impacto social é de grande importância para fins de monitoramento e planejamento estratégico da atuação social, dando luz aos pontos fortes e às principais lacunas do ISC. Neste texto, a Comunitas preparou uma lista com o ‘Top 10’ das áreas sociais mais impactadas pelo ISC. Confira!
1º – Patrocínio de Eventos Culturais – 20,7% do ISC de 2021
Devido ao volume histórico do uso de incentivos fiscais, o apoio à cultura aumentou bastante sua fatia de 2020 para 2021, representando quase 21% do ISC no ano. Na divisão por mecanismo de incentivo, a Lei de Incentivo à Cultura seguiu representando metade destes recursos.
2º – Educação – 17,3% do ISC de 2021
A área da educação, tradicionalmente, recebe altos volumes de investimento social. Em 2021, todas as empresas da Rede BISC direcionaram recursos para o setor, que sofreu efeitos muito negativos com a pandemia, como o agravamento das desigualdades de aprendizagem. Entre os membros da Rede BISC, 60% deles aumentaram os investimentos na educação em 2021, dentre os quais estão alguns dos maiores investidores sociais da área. O apoio à educação advém principalmente das empresas do ramo de serviços, concentrando 56% do ISC à causa em 2021.
3º – Saúde – 13% do ISC de 2021
Após ser predominante em 2020, respondendo por uma fatia de quase 50% do ISC daquele ano devido à crise sanitária, o volume de recursos da Rede BISC aportados na área da saúde mostrou redução natural, mas registrou volume de R$ 342 milhões em 2021, ainda muito superior aos níveis pré-pandemia (R$ 108 milhões em 2019, ajustado pela inflação).
4º – Infraestrutura – 9,6% do ISC de 2021
Os investimentos sociais na área de infraestrutura vêm crescendo de importância na Rede BISC, saltando de 4,8% para 9,6% do total entre 2020 e 2021. A parcela mais significativa destes recursos é aportada pelas empresas do setor industrial, que geram maior impacto no território e são mais responsivas às diversas necessidades que as comunidades possuem.
5º – Assistência Social – 8.7% do ISC de 2021
No geral, a Rede manteve sua atuação junto a grupos populacionais sujeitos a vulnerabilidades sociais. No entanto, a cobertura se mostrou bastante heterogênea entre diferentes grupos populacionais.
Houve expansão ou manutenção da cobertura dos projetos da Rede BISC para algumas populações, como quilombolas, migrantes, refugiados e afrodescendentes. Outros grupos tiveram redução na cobertura, mas preservaram atuação relevante, caso de mulheres, pessoas com deficiência e pessoas acima de 65 anos.
No entanto, outros grupos tiveram queda mais significativa e voltaram a ter baixa cobertura pela Rede BISC, como mulheres negras, ou já tinham cobertura pequena e tiveram redução adicional, como população carcerária, pessoas vítimas de violência e população LGBTQIA+.
6º – Esporte e Lazer – 4,7% do ISC de 2021
7º – Desenvolvimento Comunitário e Econômico – 2,2% do ISC de 2021
8º – Empregabilidade – 2% do ISC de 2021
9º – Moradia e Habitação – 1,4% do ISC de 2021
10º – Estudos e Pesquisas – 1,2% do ISC de 2021
Quer saber mais? Baixe aqui a versão completa do BISC 2022
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