Como caminham os programas de voluntariado?
Após o recuo observado no ano anterior, os programas de voluntariado começam a se recuperar. A comparação dos resultados de 2017 e 2018 ilustram alguns dos avanços alcançados:
- Nos últimos dois anos, o número de colaboradores envolvidos nos programas de voluntariado subiu de 36.316 para 41.732, o que equivale a um aumento de 15%.
- A proporção de colaboradores das empresas que participam dos programas de voluntariado aumentou de 7% para 8%.
- O volume de recursos investidos em programas de voluntariado foi da ordem de R$ 11,6 milhões, o que representa um aumento de 12%.
- Quase dobrou o percentual de empresas nas quais a maior parte das lideranças participa das atividades voluntárias: passou de 11% para 21%.
- O percentual de empresas que consideram que os programas de voluntariado foram muito bem-sucedidos SUBIU de 9% PARA 33%.
- Entre as iniciativas que foram mais fortalecidas, no último ano, destacam-se: “Atividades em Grupo Propostas pela Empresa”; “Dia do Trabalho Voluntário”; e “Formação de Redes de Colaboração entre Voluntários”
O que motiva a atuação voluntária dos colaboradores?
Na percepção dos gestores sociais, são a gratificação pessoal, a crença na causa e o apoio da empresa, que levam os colaboradores a se engajarem nos programas corporativos de voluntariado. O grupo destaca a preferência dos voluntários pelo atendimento a crianças, adolescentes e jovens, e por temas relacionados à educação, ao estímulo ao empreendedorismo e à proteção do meio ambiente, observando-se uma forte aderência ao perfil de atuação das próprias empresas.
Recentemente, quais as principais dificuldades enfrentadas pelas empresas para garantir o bom desempenho dos programas de voluntariado?
Chama atenção o fato de que as empresas não identificam grandes dificuldades para desenvolver seus programas de voluntariado. Nos últimos dois anos, os principais desafios enfrentados pelo grupo – assinalados como alto ou muito alto, por menos de 40% delas – foram relacionados: à dispensa dos colaboradores no horário de expediente; à criação/manutenção dos Comitês de colaboradores para a gestão dos programas; e a processos de reestruturação interna, os quais podem resultar em certa paralisação de programas dessa natureza.
Qual a percepção das empresas sobre benefícios e riscos dos programas de voluntariado?
Críticas eventuais aos programas de voluntariado corporativo não são endossadas pela maioria dos participantes do BISC. Pelo contrário, a percepção generalizada é a de que os benefícios são muito relevantes e os riscos insignificantes. Assim é que, mais de dois terços das empresas concorda totalmente com a afirmação de que o trabalho voluntário traz gratificação pessoal e contribui para o crescimento profissional dos seus colaboradores. Por outro lado, a maior parte delas discorda, por exemplo, da crítica de que o trabalho desenvolvido em horário de expediente não pode ser considerado como voluntário, ou que ele sobrecarrega demais os colaboradores.
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