Grupo de Debates reúne a Rede BISC para compartilhar experiências em iniciativas de inserção produtiva e qualificação profissional

Lideranças do Instituto Coca-Cola Brasil e do Instituto Votorantim partilham suas perspectivas e programas sobre o tema

Crédito da Imagem: Acervo Comunitas

Nesta quinta-feira (03), foi realizado mais um Grupo de Debates da Rede BISC, que reuniu as empresas parceiras para conversar sobre estratégias de investimento social e inserção produtiva e qualificação profissional. O encontro aconteceu no Instituto Votorantim e teve como objetivo promover uma roda de conversa  e compartilhamento de experiências sobre as ações desenvolvidas e as dificuldades enfrentadas dentro da temática.

O grupo contou com a presença de 15 lideranças do investimento social corporativo de diferentes organizações associadas ao BISC, como a Cosan, Unilever, Fundação Vale, Instituto Neoenergia, Santander, Fundação Sicredi, B3 Social, Instituto Coca-Cola Brasil e o Instituto Votorantim.

No início do encontro, a Diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas, Patrícia Loyola, apresentou um panorama do BISC para 2024, pontuando que aquele era o terceiro Grupo de Debates do ano e que a Pesquisa BISC está com produção em andamento e terá seu lançamento ao final do mês de novembro.

Além disso, Patrícia lembrou o lançamento do Guia de Enfrentamento às Emergências Climáticas (veja mais sobre a publicação aqui), que teve origem no próprio Grupo de Debates, em março deste ano, quando a Rede BISC se reuniu para trocar experiências sobre ações emergenciais.

Pontos de discussão

O bate-papo deu-se início com Adriana Fendt, Gerente de Pessoas e Recursos do Instituto Coca-Cola Brasil, que trabalha na capacitação de  jovens de 16 a 25 anos e os conecta a oportunidades de emprego com empresas parceiras.

Adriana compartilhou sobre a trajetória do Instituto, o impacto gerado e os desafios superados para viverem a realidade de hoje do Coletivo Online. Dentre os desafios citados, ela compartilhou sobre o período da Covid e as formas que encontraram para falar com os jovens em vulnerabilidade social e como é necessário adequar soluções a esta realidade, como: comunicações via Whatsapp por ser de mais fácil acesso e menor custo e a necessidade de compartilharem conteúdos em aplicativos leves, por conta da baixa capacidade de memória nos celulares dos inscritos nos programas.

A Gerente de Pessoas e Recursos destacou o trabalho junto à cadeia de valor da Coca-Cola e a característica de abrigar muitos postos de trabalho de entrada, ou primeiro emprego. Assim, o impacto do Coletivo Online está bastante centrado em capacitações preparativas para o mundo do trabalho e nas conexões imediatas com oportunidades de emprego para jovens que buscam a primeira experiência profissional. 

Adriana pontuou a relevância de pensar na jornada deste jovem e como a qualidade da inserção profissional em início de carreira pode ser crucial para definir todo o futuro deste profissional. Este tema ganha importância à medida que estamos em momento de transição tecnológica para profissões do futuro. Adriana citou que hoje existem 400 mil vagas em TI não preenchidas no Brasil, decorrente da falta de profissionais capacitados. Os problemas deste déficit podem ser crescentes no futuro, à medida que a ausência de profissionais afeta a capacidade do país de atrair investimentos e novas empresas.

Esta é a terceira edição do Grupo de Debates do BISC no ano de 2024. Crédito da Imagem: Acervo Comunitas

A Gerente de Gestão de Programas do Instituto Votorantim, Ana Paula Bonimani, também compartilhou números importantes, impactos, desafios e atingimentos de projetos. Entre os pontos citados, ela abordou a preocupação com a garantia de adequação dos projetos para se adaptarem à realidade dos participantes e a criação de oportunidades em locais de difícil acesso.

A partir do olhar para a geração de desenvolvimento de autonomia de empreendedores, a Instituição alcançou uma taxa de 70% de permanência dos negócios. Alguns fatores de sucesso destacados foram a duração do programa e seu tempo de amadurecimento, a perenidade do acompanhamento no projeto, a forma de construção do plano de negócio e a projeção do investimento.

Também foi pautada a dificuldade no monitoramento e avaliação de impacto em programas de inclusão produtiva. Impacto demanda tempo, vem a longo prazo e, muitas vezes, não necessariamente acontece como esperado. Mostra-se mais efetiva estratégias de monitoramento de resultados intermediários, que são mais responsivos ao programa e com maior percepção de entrega a curto prazo.

Outra pauta abordada foi a dor que o terceiro setor enfrenta na comunicação como ponto de apoio a captação de recursos e divulgação de projetos, bem como a dificuldade na gestão do conhecimento para gerar memória institucional sobre as melhores práticas de investimento social, em geral.

“Não há como pensar em futuro sem colaboração. O futuro está na mão da colaboração!” – Patricia Loyola.

O Grupo de Debates fomenta uma comunidade de aprendizado entre lideranças empresariais e suas equipes para discussões, troca de experiências e conexões estratégicas a respeito de temas pertinentes ao investimento social corporativo. Fechado à Rede BISC, o encontro estabelece um espaço de confiança para o compartilhamento de desafios e soluções, assim como promove articulações e parcerias entre os gestores do investimento social corporativo. 

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