#RetrospectivaComunitas – Confira alguns dos aprendizados que Anna Peliano deixou para o campo social

A professora Anna Peliano deixou um importante legado no campo social. Reconhecida por sua importante contribuição para programas de combate à fome e à pobreza no Brasil, as pesquisas desenvolvidas por ela foram imprescindíveis para subsidiar o estudo do Mapa da Fome, do Frei Beto (o Betinho), e para viabilizar o programa federal de transferência de renda, o Bolsa Família. 

Na Comunitas, atuou como coordenadora do BISC (Benchmarking do Investimento Social Corporativo), pesquisa realizada anualmente pela organização para ajudar a qualificar os investimentos sociais realizados voluntariamente pelas empresas do país. 

Confira alguns aprendizados que Anna Peliano deixou, que podem impactar pessoas, replicar iniciativas e gerar inovações no campo social:

“Nós sabemos que os problemas da sociedade não vão ser resolvidos apenas com políticas públicas”.
Aqui, Anna Peliano defende a mobilização tanto da sociedade, quanto do setor privado e das organizações da sociedade civil, para ajudar a impactar as políticas públicas de acordo com as necessidades sociais. Esse é um dos pilares da atuação da Comunitas, que é especializada em modelar e implementar parcerias sustentáveis entre os setores público e privado, gerando maior impacto do investimento social, com foco na melhoria dos serviços públicos e, consequentemente, da vida da população. Além disso, ela defendia que, apenas através dessa mobilização, é que será possível atingir os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU em 2016. 

“O BISC não é só produtor de estatística”

A professora Anna explicava a importância do BISC, definindo a pesquisa, inclusive, como uma ferramenta de apoio à gestão, visto que traz informações importantes para que as empresas se inspirem e desenvolvam sua atuação no campo social. O setor corporativo está investindo mais e de uma forma mais qualificada, investindo em capacitação de pessoal para que o investimento social corporativo (ISC) se consolide fora do campo assistencialista e seja um pilar importante da atuação das organizações. 

Apesar de ter sido um dos maiores nomes do terceiro setor e do mapeamento dos ISCs, Anna Peliano era, acima de tudo, uma professora. Muitas vezes, atuou como mentora das empresas em diversos dilemas que surgiam com relação à atuação social do setor privado, além de orientar meios de como ser mais efetivo, fazendo com que os recursos aportados chegassem a quem realmente precisa. 

A necessidade de continuar avançando na fronteira do conhecimento dos investimentos sociais corporativos permanece, pois esses investimentos são mutáveis e é preciso aprender a capturar, de uma forma contínua, essa mutação. A socióloga estimulava a pensar grande e a ousar para ajudar a mudar a realidade do país, deixando um legado importante em políticas públicas e no campo social. 

“Os investimentos sociais tendem a ser mais profissionalizados, mais comprometidos com a comunidade e feitos com mais transparência”.

Em uma análise sobre as tendências atuais do investimento social corporativo, Anna Peliano explicou que os ISCs são originados na filantropia, nas pressões da sociedade e nos interesses de negócios. Porém, com o surgimento das novas mídias, as empresas passaram a sofrer uma fiscalização maior por parte dos cidadãos, que cobram um maior comprometimento e maior transparência por parte delas. Dessa forma, todos esses fatores combinados podem contribuir para avanços importantes no campo do investimento social privado.  

“Eu fico muito entusiasmada quando vejo empresas e institutos se organizando para contribuir com o desafio de alcançar um desenvolvimento sustentável para o planeta”. 

Em 2016, a professora Anna fez uma análise sobre o investimento social privado e os ODS, que pode parecer antiga hoje, mas que foi bastante inspirador para a época. De acordo com ela, é de fundamental importância que as empresas e institutos/fundações ajustem suas atuações no campo social à Agenda 2030 da ONU, sendo necessário que essas organizações analisem os projetos que estão desenvolvendo no campo social e de que forma elas podem contribuir para o alcance dos objetivos. Em sua análise, a socióloga defendeu o  investimento social privado como um alavancador dos ODS, considerando que os aportes realizados pelas empresas de forma estratégica podem contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta.


O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.

Lamentamos que este post não tenha sido útil para você!

Vamos melhorar este post!

Diga-nos, como podemos melhorar este post?

Sem comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Newsletter

Insira seu e-mail e receba conteúdo sobre o campo do investimento social corporativo!

Nossas redes

_

A COMUNITAS

A Comunitas é uma organização da sociedade civil especializada em modelar e implementar parcerias sustentáveis entre os setores público e privado, gerando maior impacto do investimento social, com foco na melhoria dos serviços públicos e, consequentemente, da vida da população.

Exceto onde indicado de outra forma, todos os conteúdos disponibilizados neste website estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional

Copyright 2024. All Rights Reserved.

Desenvolvido por MySystem