A pesquisa aborda tendências do setor corporativo na Agenda ESG, Investimento Social Privado (ISP), Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e Envolvimento de Funcionários
No último dia 23, a Chief Executive for Corporate Purpose (CECP), parceira internacional do BISC, lançou a pesquisa Global Impact at Scale (Impacto Global em Escala, em tradução livre) – edição 2022. O estudo abordou as principais tendências internacionais na atuação social corporativa, como o acompanhamento do progresso em fatores ambientais, sociais e de governança (ESG), compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e investimento social corporativo.
Com base em dados de 2021, a mais recente publicação da Global Impact at Scale salienta os esforços realizados para integrar a Agenda ESG nas estratégias de negócios – indicando fatores que estão avançando e onde é necessário continuar convergindo esforços. Além disso, o estudo também aborda os crescentes compromissos para lidar com as mudanças climáticas por meio do estabelecimento de metas net zero na emissão de gases do efeito estufa e ampliar a equidade e inclusão da força de trabalho.
Por meio do Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), a primeira e única pesquisa do Brasil com periodicidade anual a identificar padrões do investimento social corporativo (ISC), coletando dados junto a empresas, institutos e fundações parceiros, as organizações brasileiras também tiveram seus resultados considerados pela Global Impact at Scale, o que permite geração de conhecimento e valor mundo afora.
A seguir, confira quais foram os principais destaques da pesquisa Global Impact at Scale:
1 – Maior adesão à Agenda ESG nas empresas
De acordo com a pesquisa, a Agenda ESG está mais incorporada ao dia a dia das empresas. A imensa maioria das organizações (98%) reporta dados ESG de forma voluntária e também para a maioria (76%) houve ampliação da divulgação de dados ESG em 2021. A divulgação de dados não-financeiros vêm atraindo investidores voltados para a questão da sustentabilidade ambiental, social e de governança dos negócios, sendo uma tendência observada por 50% das empresas. A ampliação na divulgação de dados não-financeiros vem sendo observada também no Brasil e deve ser reforçada a partir da recente regulamentação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre critérios para a divulgação de relatórios não-financeiros.
O relatório também abordou outros aspectos importantes da agenda ESG. A integração das equipes é uma variável relevante na atuação ESG e, em 2021, 83% das organizações responderam que os membros das equipes voltadas para atuar em questões “S” e “E” costumam trabalhar em conjunto, importante aumento frente ao percentual de 61% em 2020. Outra frente de atuação relevante na agenda ESG é a de mensuração. No cenário global, foi verificado que 54% das empresas consideram a medição do fator “S” do ESG como a mais desafiadora, bastante em linha com os dados do BISC 2022 que captaram esse mesmo desafio no contexto brasileiro.
2 – Investimento em qualidade de vida dos funcionários e cenário do voluntariado corporativo
Apesar de um aumento na rotatividade de funcionários em diversas empresas pelo mundo, 67% dessas organizações têm aumentado investimentos em estilos de vida saudáveis e no bem-estar de seus trabalhadores como uma forma de diminuir a alternância na força de trabalho e aumentar o engajamento dos trabalhadores.
Com relação ao trabalho voluntário, 57% das empresas globais oferecem uma remuneração para os funcionários que dedicarem seu tempo às causas apoiadas pela organização. Aqui no Brasil, o BISC 2022 identificou que, embora tenha havido um aumento no número de trabalhadores envolvidos nos programas de voluntariado corporativos entre os anos de 2020 e 2021 (cerca de 69,2% – o que representa mais de 76 mil funcionários), também houve uma perda na diversificação. O cenário do voluntariado brasileiro é de forte atuação digital.
3 – Integração dos Objetivos do Investimento Sustentável às estratégias de negócio
Apesar do aumento nos investimentos para geração igualitária de oportunidades de trabalho para homens, mulheres, minorias e pessoas portadoras de deficiência, 67% das empresas ainda enfrentam grandes desafios para inserir a ODS 10 em sua força de trabalho – em especial no que se refere a cargos de liderança.
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