Editorial BISC: Atenção da Rede BISC à desigualdade social e aos desafios habitacionais

Arte tem um fundo branco com um pouco de amarelo. Na parte em amarelo, aparece uma mulher de cabelos castanhos na altura do ombro. Ao lado dela, aparece o nome Patrícia Loyola em azul. Abaixo, se lê "diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas". Do lado oposto, vemos um rapaz de óculos sorrindo e, ao lado dele, é possível se ler "João Morais, coordenador de investimento social" em azul.Também aparece uma faixa azul com letras brancas em que se lê "Editorial BISC"

Em outubro de  2016, vivenciei em Quito a adoção  de uma nova agenda urbana na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III). Na época, a 14 anos de alcançarmos o marco da Agenda 2030, já se propagava o senso de urgência nesta temática.  

O tempo correu e o déficit habitacional no Brasil não melhorou, aliás piorou, segundo estudo anual da Fundação João Pinheiro, divulgado em março, com dados anteriores à pandemia, que só agravou ainda mais este cenário. 

Em diferentes graus, os centros urbanos brasileiros foram tomados por tal realidade que se impõe nos faróis, praças e calçadas e nos lembram diariamente o quão cruel é a desigualdade social atual e histórica no Brasil. Como exemplo, cito o censo da Prefeitura de São Paulo, divulgado em agosto desse ano, que indicou um crescimento de 31% da população de rua na maior cidade do país nos últimos dois anos, chegando a 32 mil pessoas. No Brasil como um todo, dados do Cadastro Único de julho registraram mais de 197 mil pessoas em situação de rua.

Sabemos que a pobreza é um fenômeno social multidimensional, portanto sua superação depende da elaboração de programas em áreas diversas como educação, geração de emprego e renda, saúde, melhoria das condições de moradia e tantos outros, além de sua articulação voltada à redução da desigualdade. 

O investimento social das empresas e de institutos e fundações empresariais está atento à pauta e vem diversificando sua atuação por áreas sociais e públicos-alvo em direção à agenda de combate às desigualdades. 

Na divisão por públicos-alvo, a Rede BISC ampliou a participação em projetos para a população negra, mulheres negras, trabalhadores informais, vítimas de violência, entre outros, além de manter participação importante em projetos para comunidades do entorno, pequenos empreendedores, crianças e adolescentes, etc.

Dados da Pesquisa BISC para os últimos anos revelam que além das empresas apoiarem de forma relevante áreas como Educação, Emprego e Renda, Capacitação Profissional, entre outras, aumentou consideravelmente o desenvolvimento de projetos em áreas como Assistência Social, Segurança Alimentar e Moradia/Habitação, duramente atingidas pela pandemia,  também relevantes para o combate às desigualdades. 

E um exemplo de atuação do investimento social privado (ISP) no segmento habitacional é a boa prática que é destaque, este mês, na Rede BISC a respeito da iniciativa Reforma que Transforma, maior ação social da história da Gerdau

O exemplo acima está alinhado a características do ISP fortalecidas,  durante a crise sanitária. Por um lado, a pandemia realçou ao mesmo tempo o problema e os efeitos da desigualdade e a importância do setor privado e da sociedade civil em endereçar desafios de ordem pública. Por outro, o avanço da agenda ESG* e do capitalismo de stakeholders coloca as empresas na direção de alinharem a geração de impacto social positivo ao negócio e à sua atividade operacional.

 

*A sigla ESG vem do inglês (Environmental, social and Governance) e refere-se ao equilíbrio dos aspectos ambiental, social e de governança na gestão dos negócios de uma empresa. 

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